sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sarau 06/12/14 - Paulinho Parada e Thaís Nascimento, Serenata para ver o Pôr do Sol (MARGS)

Paulinho Parada e Thaís Nascimento apresentam Serenata para ver o Pôr do Sol (CAFÉ DO MARGS). Sábado, 06 de dezembro às 17 horas.

Faremos um sarau com repertório variado, passando por sambas e zambas, choros e bossas, valsas e milongas. Os compositores lembrados são Dilermando Reis, Cartola, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Villa-lobos, Tom Jobim e autorais. 

A apresentação ocorre no Café do MARGS, teremos convidados especiais, entre eles Christian Silva A proposta é realizar o show entre 17h e 19h, depois da serenata veremos o pôr do sol. 

Ingressos no local em horário de apresentação, R$10,00

Endereço: 
Praça da Alfândega, sem número - Centro Histórico, Porto Alegre - Rio Grande do Sul
MARGS, (CAFÉ) - Museu de artes do Rio Grande do Sul


Sugestão de evento: Recital de graduação da violonista Thaís Nascimento

Recomendo, farei parte da organização desse belo evento.

Crítica que escrevi sobre Thaís Nascimento:

“Assistir a performance violonística de Thaís Nascimento não é o encontro entre virtuosismo e técnica impecável. Em sua música de extrema sensibilidade, deslumbramo-nos com a ligação entre violão, corpo e mente. Thaís consegue apresentar em musicalidade a extensão sóbria e poética do sentimento humano.”

Segue cartaz de divulgação com dados do evento:





terça-feira, 4 de novembro de 2014

O Violão Brasileiro

FOTOS DO EVENTO "O VIOLÃO BRASILEIRO"
de Ita Pritsch


































Artigo sobre o show. Jornal de Artes, edição de novembro de 2014:


O Violão Brasileiro

Estou no Salão de Atos da UFRGS, Festival de Violão edição 2014. Aguardo o Concerto para Violão e Orquestra de Villa-Lobos. Turíbio Santos será o solista e a OSPA vai acompanhá-lo. Turíbio nasceu em 1943 na cidade de São Luís e, atualmente, é considerado um dos maiores violonistas brasileiros. Enquanto espero o tempo passar, reflito sobre a necessidade de ouvirmos os compositores de música para violão solo. Muitos tocam violão, jovens em seus apartamentos e praças: pop music, sertanejo universitário, rock e por aí vai. A diversidade é extremamente importante, devemos respeitá-la e compreender sua profundidade social. Reitero: seria relevante para todos os tocadores de violão, amadores e profissionais, conhecer as raízes do instrumento que está sendo tocado. O nacionalismo é perigoso, mas as raízes são importantes! Proponho o seguinte, vamos ouvir as composições de Garoto, Dilermando Reis, Baden Powell, Canhoto e tantos outros compositores e intérpretes que construíram a história do violão em nosso país? Pois bem, Turíbio Santos chegou ao palco e vai tocar Villa-Lobos. A sonoridade da OSPA está impecável, característica difícil de apresentar devido às condições precárias propostas pelos órgãos públicos. O que mais me impressiona nessa apresentação é a intenção emocional de Turíbio Santos, tão incomum na frieza do universo erudito. Tocando a maior parte do concerto no registro próximo ao cavalete, o som estava com uma projeção forte. A prioridade, então, foi a intenção dramática da sonoridade metálica do violão em diálogo com a orquestra. Foi um belo concerto.

Iniciei o texto comentando minhas impressões sobre a apresentação de Turíbio Santos, propondo a audição dos compositores e intérpretes construtores da história do violão brasileiro. Pois bem, participo do projeto intitulado O Violão Brasileiro, idealizado pela violonista Thaís Nascimento. A proposta é justamente apresentar em recitais e gravações a obra dos grandes violonistas brasileiros, entre eles: Américo Jacomino (Canhoto), Dilermando Reis, João Pernambuco, Villa-Lobos, Baden Powell, além dos compositores contemporâneos Daniel Wolff, Fernando Mattos, Fred Schneiter e o vivente que vos escreve. Entre os violonistas convidados estão Flávia Domingues Alves, Fernanda Kruger, Daniel Wolff, Nivaldo José e Fernando Mattos. O percussionista Kico Moraes também integra o grupo.

Thaís Nascimento iniciou seus estudos em projetos sociais, ingressando na UFRGS em 2012. Com apenas vinte anos de idade, a jovem violonista comove os espectadores que têm a oportunidade de apreciar sua performance. Quantitativamente, suas apresentaçõ s somam algumas dezenas de performances esparsas em saraus acadêmicos no auditório Tasso Corrêa no Instituto de Artes da UFRGS, Casa da Música de Porto Alegre (Gonçalo de Carvalho, 22), Faculdade IDC e vagas aparições boêmias nas tardes de Buenos Aires, na noite de São Paulo e Porto Alegre. Tive a satisfação de escrever sua primeira crítica que resume minhas considerações sobre sua musicalidade: “Assistir a performance violonística de Thaís Nascimento não é o encontro entre virtuosismo e técnica impecável. Em sua música de extrema sensibilidade, deslumbramo-nos com a ligação entre violão, corpo e mente. Thaís consegue apresentar em musicalidade a extensão sóbria e poética do sentimento humano.”


A primeira apresentação do projeto O Violão Brasileiro ocorreu na Sala Alvaro Moreyra em Porto Alegre, 29 de outubro de 2014.Tive a oportunidade de apresentar minha composição Fantasia Serenata I: Comitê Latino Americano, peça para duo de violões que integrou meu memorial de graduação em composição, orientado pelo maestro Antônio Borges Cunha. No palco, desfrutei da honra de dividir o espetáculo com verdadeiros artistas empenhados em contribuir na construção do projeto. Fiquei na expectativa de novas performances e por certo os leitores ficarão curiosos em conhecer o projeto: esse é o objetivo do texto. Minha crítica é no sentido de agregar. Nas próximas edições gostaria de ouvir as composições de Garoto, Yamandú Costa e Radamés Gnattali. Quem sabe podemos contar com a presença de Turíbio e Yamandú? É uma boa proposta, seria fantástico e lindo contar com suas contribuições. Deixo aqui meu apelo para a realização das ideias expostas nesse parágrafo. A foto que ilustra o texto é de Marielen Baldissera, da esquerda para a direita estão: Kico Moraes, Paulinho Parada, Thaís Nascimento, Fernando Mattos, Flávia Domingues Alves e Daniel Wolff. Agradeço a revisão da professora Natalina Oliveira.

TEXTO DE PAULINHO PARADA / PAULO F. PARADA

LINK PARA A LEITURA DO JORNAL:
http://issuu.com/jornaldeartes/docs/jornal_de_artes_novembro_c9c5d4a6c90ac6